10 abril 2009

Respeito


Quando movidos pela adrenalina, num momento de aflição, a perigar a nossa própria vida, ou a dos que nos são queridos, o nosso organismo produz naturalmente ferramentas de defesa, promovendo a acuidade dos sentidos, colocando-nos num estado de alerta, num verdadeiro sentido de despertar. Diz-se que é uma glândula que produz substancias que tornam tudo isto possível. Uma droga natural que faz-nos tornar mais rápidos, mais dinâmicos, e eventualmente mais espertos! Provavelmente não estou muito longe da verdade quando digo que o ser humano é letárgico e dormente, que somente quando os eventos o exigem é capaz de tornar-se excepcional. Da mesma forma como um antílope está tranquilo a pastar na savana, até ao momento em que sente o odor e a presença do leão, quando levanta a cabeça e todos os seus movimentos tornam-se súbitos e literalmente voa, para fugir ao seu caçador.

Não somos mais que animais a "pastar", até a necessidade chamar pelos nossos sentidos? Não era suposto sermos os seres mais inteligentes ao cimo do planeta Terra? O topo da cadeia alimentar?

Creio, que no fundo somos inferiores ao antílope na savana, caso não estejamos armados com uma espingarda munida de zagalotes, somos menos ágeis que uma foca no oceano, caso não estejamos protegidos por uma gaiola de aço, quando um grande tubarão branco procura comida, ou até menores que um rato quando estamos no deserto, sem água, á mercê das aves de rapina.

Temos, supostamente, inteligência que permite aprender com todos os exemplos dados pelos restantes seres que habitam este planeta, absorvendo as suas qualidades e rejeitando as suas limitações, possuímos habilidades únicas, como nenhum outro ser, e somos capazes de uma criatividade e espírito inventivo, que permitiu estarmos no cimeiro da cadeia evolutiva e capacidade de influencia neste planeta, e creio que tal como em tudo na vida devemos conquistar o seu respeito em vez de impormos a sua vontade.

Respeito é muito bonito, e recomenda-se...

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