17 abril 2011

O pequeno seixo coberto com limo escuro...


Quando todas estas as nuvens negras encimam a minha magra sombra e sou fustigado pela chuva fria que cai sobre os meus ombros, nada mais resta a fazer senão sorrir.  Pela dádiva da vida, pela frescura da água, pela beleza da natureza e pelo cheiro forte e quente da terra molhada.

Com o nome arrastado pela lama, a credibilidade dilacerada por mentiras, o corpo partido pela opressão, o orgulho manchado por mentiras, difamado e banido por gente cruel e triste, resta-se abrir os braços mostrar o peito aberto e chorar de alegria. 

Com os olhos fechados, as lágrimas quentes aquecem-me  o corpo gélido e uma alegria alimentada pelo amor daqueles que realmente são importantes, faz desvanecer a dor, fazendo desaparecer as ossadas marcadas no meu torso, os olhos caídos, plantados em covas escuras no rosto cinzento iluminam-se para mostrar a quem vê mais longe daquilo se os fracos sentidos mostram, a luz forte que brilha de dentro para fora, o fogo branco que nasce da verdade, a força que pulsa desde o principio dos tempos, o lume criador da alma.

Vou morrer, mas não hoje!

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