Os dias em que a morte tenta-me com o seu mel delicioso e espesso, com a promessa de um longo repouso, com a queda lenta no mais profundo e negro dos oceanos, onde nada mais existe a não ser o silêncio e a paz. Nenhum mal mais poderá crescer nos restos apodrecidos desta mortalha, apenas restam farrapos a dançar no ar, acossados pelo vento, levados para longe, para terras que nunca visitarei.
Apenas aquelas ternas e pequenas mãos seguram com esforço, entre lágrimas gritantes, o corpo inerte ante a queda inevitável.
Salva-me...

